Batalha Revolusom mostra que a rima segue viva em Vitória da Conquista
- Redação do Rap Conquista
- 23 de mai. de 2024
- 3 min de leitura
Ocorre semanalmente, na Praça Mármore Neto, mais conhecida como Praça do Boneco, em Vitória da Conquista, Bahia, a Batalha de Rima Revolusom, organizada por Oreia MC e Charles Carvalho. A iniciativa visa inspirar a comunidade local ao mundo das rimas e do Rap.
A equipe do Rap Conquista esteve presente em uma das edições da terceira temporada da Batalha. Em um sistema bate e volta e com uma premiação de R$1000, a disputa contou com oito MC's, em quatro fases classificatórias divididas em oitavas, quartas, semifinal (com três MC's) e uma final para decidir quem seria o vencedor.
Os beats (instrumentais utilizados para os artistas rimarem) foram escolhidos pelos organizadores, que trouxeram vertentes como o Boombap, o Drill e o Trap. Beats de músicas já famosas no Rap, como “Triunfo/A rua é noiz” (Emicida), “Write this Down” (Pop Smoke e Tupac), “Still D.R.E” (Dr. Dre e Snoop Dogg), e “Doja” (Central Cee) foram algumas das bases para os versos dos artistas.
A disputa do prêmio de R$1000 foi acirrada. Os MC’s estavam rimando num sistema de melhor de três, com cada batalha variando entre dois e três rounds. Na segunda fase do torneio, duas das três batalhas foram levadas até o último round, mostrando a competitividade entre os artistas. Na semifinal, realizada entre os MC’s Armagedom, Flavin e MG, Armagedom e Flavin avançaram e fizeram a grande final da Revolusom.
A final se iniciou com Flavin ganhando o primeiro round, mas com muito vocabulário e experiência de batalha, Armagedom ganhou o segundo round e levou ao terceiro e último round. Na parte decisiva, o nível de rimas de ambos os MC’s se manteve em bom nível, porém, embalado com a vitória no segundo round, Armagedom ganhou de Flavin e foi o campeão da edição da Batalha.

A final da Batalha Revolusom, disputada entre Armagedom (lado esquerdo) e Flavin (lado direito) - Foto: Marco Ryan
Ao fim da edição, Armagedom fez o freestyle do campeão e citou a sua caminhada, destacando a “molecada” que sonha em fazer Rap. “Eu comecei tem 7 anos, tá ligado, comecei como MC, lá na Praça do Acarajé, só que acabou acontecendo algumas coisas bem trágicas lá, aí acabou a batalha por lá [...] ficou um tempo parado, chegou a pandemia e meio que voltou uns 4 anos atrás. [...] Desde o início a gente tá aí, lutando, tá ligado, teve o Festival Baiano ano passado, que é um evento imenso, que todo ano acontece, esse ano vai ter de novo, em setembro”, contou o MC em relato para a equipe do Rap Conquista. Acerca das suas inspirações no universo das batalhas de rima, o MC destacou alguns nomes. “MG, o mano da minha banca, Campos, uma rapaziada das antigas e nesse pivetão aqui” (enquanto apontava para Flavin), disse Armagedom
Flavin, vice colocado na Batalha da Revolusom, declarou ao blog sobre a sua trajetória na Batalha Revolusom. “É a quinta vez que eu chego na final e ainda não ganhei nenhuma, chega dar raiva um pouquinho. Mas é treinar, treinar, treinar e um dia com a fé de Deus a gente vai conseguir. Só que aí eu pego um monstrão (apontando para Armagedom) na final, como é que ganha?”, comentou Flavin. Ao falar sobre as suas inspirações, o MC citou alguns nomes. “Daqui eu gosto desse cara aqui (enquanto apontava para Armagedom), tem o Oreia, o GRO também, MG e no geral eu gosto do Dudu, do Cesar, do Sid, Pequeno Rapper”, completou.
Após fim da competição, os MC’s presentes se desafiaram em um momento de descontração, rendendo momentos de diversão para as pessoas que permaneceram até o fim do evento principal.

Parte do público presente durante a Revolusom - Foto: Marco Ryan
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